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 Na aula de português, no meu estudo do sintagma verbal, o professor me definiu como um verbo transitivo:  "Aquele que necessita de outro para sua existência fazer sentido."  Nunca pensei que na fonte do saber, na linguagem, eu iria sem querer achar a definição que me fez falta nas últimas duas décadas.  Agora posso pensar que, talvez, eu me sinto um pouco mais em paz. 
  Quero ser outra pessoa, quero ter outra vida. Mas ao mesmo tempo, amo tudo que tenho e o que eu sou. Me sinto extremamente culpada ao escrever essa primeira frase. Mas queria ser melhor, mas bonita, mais inteligente, mais sorridente, assim quase um sonho de moça.   Há bastante tempo eu não ouço um elogio de quem eu mais busco tais palavras. E infelizmente eu me lembro bem de todas as últimas críticas. Não tenho mais vontade de felicidade ou liberdade por essas causas. De fato, alguém tem que me cobrar decência, trabalho, resultados, medalhas, honras, méritos. Afinal, essa pessoa pode voltar para as colônias espirituais e ser cobrada, então eu tenho que dar errado sozinha.   Tenho vontade de me sumir, pegar minhas coisas, ou nem pegar nada, e desaparecer. Odeio o fato de não poder usar o argumento que eu não pedi pra nascer, mas pelo menos posso falar: me arrependo de ter pedido. 
  Prometi à mim mesma que não vou casar, não vou ter filhos, nem farei formatura de faculdade. Por quê? Porque eu acho que esses eventos são para os outros, não pra quem os faz.   Cansei dessas coisas de agradar, de dividir momentos, de compartilhar felicidades. Cansei de confiar meus sorrisos, meus olhares cúmplices, minhas risadas à pessoas que depois fazem coisas que magoam demais parar que eu lembre que elas estão no papel delas.  
  Como tudo que eu queria agora é ter os sonhos realizados. Escrevo esse texto no papel após anos sem pegar uma caneta, sem pensar em copiar algo de algum lugar. Nesses últimos anos só sei escrever textos copiados de lousas, redações de vestibular e contas matemáticas que agora me surpreendem por terem se tornado muito simples.   Sinto saudade da liberdade de ser criativa. Mas a culpa me devora, a inveja me amargura. Quero ter uma vida feliz como os rostos das fotos de redes sociais que vejo. Enquanto eu não fizer a minha missão, ficarei nessa infeliz culpa invejosa.    
"Ela não sabia do peso até ela sentir a liberdade." A Letra Escarlate  Depois de um tempo, eu já não sei quem eu sou. Mas também não faço questão de saber. Acho que é nesse momento em que a vida torna-se algo completamente... Inútil. Não há motivos nem para sorrir, nem para chorar. Não há por que seguir ou parar. No entanto ainda existe o medo, o sentimento primordial do ser humano.   Existe o medo de terminar a vida, mas também o de enfrentá-la, existe o medo do julgamento alheio e o do desprezo. Nossas relações e reações baseiam-se nesse sentimento mais primitivo.   Mas depois de algum tempo, um tempo em que o único sentimento que não te abandona é o medo, ele deixa de ser algo tão... assustador.

Em busca de paz em Alexandria

Alexandria - Tiago Iorc Não tiro a razão de quem não tem razão Não ponho a mão no fogo pois é verão Não dou razão pra quem perde a razão Preste atenção então Vá procurar o que caiu da mão Refazer sozinho o caminho olhando pro chão Gente demais Com tempo demais Falando demais Alto demais Vamos lá atrás De um pouco de paz Aqui tem gente Não vi solução na mão da contramão Brincando com o fogo pela atenção Perdi a razão com quem me deu razão Presta atenção, então Vá procurar o que caiu da mão Refazer sozinho o caminho olhando pro chão Gente demais Com tempo demais Falando demais Alto demais Vamos lá atrás de um pouco de paz A gente queima todo dia mil bibliotecas de Alexandria A gente teima, antes temia Já não sabe o que sabia Gente demais Com tempo demais Falando demais Alto demais Vamos lá atrás de um pouco de paz Aqui tem gente Add a playlist Tamanho A A Cifra Imprimir

Flores.. e Música... em você

 De todo o meu passado  Boas e más recordações  Quero viver meu presente  E lembrar tudo depois  Nessa vida passageira  Eu sou eu, você é você  Isso é o que mais me agrada  Isso é o que me faz dizer  Que vejo flores em você Flores em Você - Ira!