Mundo imaginário, preso a mim.

Eu tenho esse excelente mundo imaginário, mas as vezes eu só quero que coisas aconteçam de verdade.

Querendo ou não acho que eu sempre deixei esses sonhos vivos dentro de mim. Agora eles me consomem, eles me machucam. Eu odeio admitir, odeio, mas sim, eu sou romântica, sou meiga, sou fofa. Não estou me gabando. Eu geralmente desprezo ter tais características. Mas, isso tá tão óbvio e frequente nos últimos dias.. E não acredito que sou tudo aquilo que eu não gosto de admitir. Sou orgulhosa, é raro eu dizer que preciso de alguma coisa, ou pessoa. Nos últimos dias eu tenho sentido tudo as barreiras da corrente sanguínea. Como se minhas veias fossem finas demais para aguentar a demanda se sonhos e anseios reprimidos em meu corpo. Em minha mente. Em minha alma.

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"Só fiz minha obrigação."

Então, esse ano eu deveria estar cursando a faculdade que eu tanto sonho. Mas não. Eu vou fazer cursinho porque eu não fui aprovada no vestibular. Tudo bem, pelo menos eu tentei! Mas dessa história, o que me irrita é que minha mãe resolveu me repreender por que eu disse que se eu fosse aprovada ano que vem, eu não iria ligar, que iria ser o mesmo que nada. Sei lá, como se não fosse nada de mais. Apenas minha obrigação . Ela disse que eu tô sendo caprichosa, que se não fosse quando eu queria, eu não queria mais. E eu realmente achava que era isso. Capricho. Mas aí eu comecei a pensar: "Mas o que me incomoda é: eu queria ter passado esse ano, pra ter a consciência de que eu fiz o que podia durante o ensino médio, e que eu sou como os outros né? Logo depois do ensino médio já está na faculdade." Bom, eu ME convenci que não é capricho. É algo bem pior: orgulho. Sempre tenho esse problema na minha vida, orgulho ferido. Eu gostaria muito de mostrar que eu sou realmente... Útil...

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