Tive sonhos estranhos nesses últimos dias. Minha mente reviveu muitos momentos que eu sempre quis que acontecessem. E como eu acordei feliz depois desses sonhos. Mas como a dor que eles deixaram é intensa. Choro a falta destes sonhos até agora. Eu ainda acho muito normal não querer falar sobre tais sonhos, e guardar pra mim. Minhas dores não são singulares. Que bom, sou menos louca do que imaginei. Eu sei que é normal também me decepcionar. Porque eu espero. Demais, de menos, dos outros, de mim, de ninguém, da fé, do acaso, do destino, do erro, da verdade, de tudo, de nada. Tô começando a achar que tenho que mandar todo mundo explodir. Tenho que me explodir também, mas, prefiro mesmo, é ser indiferente, até eu saber o que achar.
Que triste conclusão que eu cheguei. Isso é muito sério. Eu estou completamente cansada de mim mesma. Da mesma personalidade, do mesmo raciocínio, do mesmo emocional, dos mesmos conflitos internos, da mesma incapacidade de sentir qualquer coisa pelos outros e por mim. Sim, é bem contraditório eu me sentir cansada do meu emocional sendo que eu quase não sinto nada por mim mesma ou pelas outras pessoas. Mas é justamente isso que me irrita profundamente. Não penso em mudar o que eu sou, porque não seria mais eu. Eu queria é ser melhor, com algo a oferecer pro mundo. Ontem meu colega me disse algo sobre a aula de literatura: "Romance é um romance por toda a sua estrutura, não é somente um caso amoroso que é um romance". Por mais didático que tenha sido esse comentário, eu realmente senti algo dentro de mim quebrar. Eu achava que a única coisa boa que eu tinha era o meu amor incondicional pela leitura. Livros de variados gêneros, autores, tamanhos, escolas literária
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