Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de julho, 2012

História de Verão

  Depois de ler várias coisas que me surpreenderam e me fizeram chorar, eu continuo com uma pergunta na cabeça: Porque nunca me disse nada antes?   Eu pensei que quando tinha dito que poderia me falar tudo que quisesse, você o faria. Estava óbvio que isso era algo que você queria falar, mas não ousou porque "não era nada". Pois é, eu também uso dessa desculpa. "Ah, não é nada". Sempre. Eu não quero mais usar desculpas, mas é tão mais confortável, tão mais.. eu. Me tornei isso . É, isso. Não sou mais um alguém com problema, e sim algo com problemas. Me trato -assim como me tratam- como uma boneca com defeito. Não fiz certo? torture-se e faça de novo, sem errar dessa vez! É a ordem silenciosa que ouço de mim mesma.   Tentei não me abalar, tentei não chorar, tentei não sentir. Impossível. Mas só pode ser essa explicação pra você ter me dito todas aquelas palavras do jeito que disse: esperava que eu não sentisse nada do que acabei sentindo.   Pra quem eu irei co

Despedida?

  Você conhece aquela sensação de dormência nas mãos? Como um formigamento leve, e uma dormência que vai tomando conta da mão, do antebraço, do braço.. da mente. Pensar na efemeridade da vida não é nada comparado ao baque que se tem ao vê-la. Ouvir notícias duras ainda é algo que não gosto muito. Admito preferir ouvir as mentiras confortáveis, mas não nego as verdades. Me deixar escrever como estou fazendo agora, por esse momento, é muito reconfortante. Me deixar traduzir, ou simplesmente fluir entre palavras e frases é bom. É como uma pergunta rígida: como você se sente?   Não tive tanto contato com a pessoa que acabei de saber sobre seu falecimento. Me desconcerta falar disso, mas sinto a necessidade. Sabe quando você acha que não tentou o suficiente? Que não amou o bastante? Que foi infantil, apesar de ser literalmente uma criança? É, me corta saber que além de conviver com a sensação de que eu fiz errado ou insuficientemente, eu só terei a outra vida para concertar. Vô, sei qu