Por mais acostumada que esteja com a minha dramatização, eu já nem sei mais o que sinto, sintia, ou poderei sentir. Bom, eu sempre vi minha vida como um filme, onde eu sou aquela garota quieta, feia -segundo o padrão de beleza da sociedade, claro- e inteligente. Nunca me senti infeliz com isso. Até eu descobrir que quando uma garota cresce ela descobre os sentimentos. É um saco, um verdadeiro horror, gostar de alguém que te diz: "Admiro sua coragem de me contar que gosta de mim, mas eu não sinto o mesmo".
Ok. Ele estava apaixonado pela nossa colega. A linda, inteligente e sociável. Tudo bem, porque eu não iria mudar por ele. Nem por ninguém. Achei alguém que gostava de mim sem que eu mudasse. E dai depois de cinco maravilhosos e inesquecíveis meses, acabou. Eu quero esquecer cinco meses em cinco horas. Complicado né. Mas poxa, eu quero mesmo encontrar pessoas que não precisem que eu pareça com alguma coisa, ou seja alguma coisa pra ficarem felizes do meu lado.
Eu não fico surpresa quando as pessoas vão embora. Eu, na verdade, fico mais surpresa quando elas ficam. |
Ultimamente eu encontrei algumas, como minha melhor amiga a Florinda*. Tem agora também, minha colega de inglês, que eu to descobrindo ser uma ótima pessoa. Nós pensamos parecido, somos meio parecidas: apaixonadas, sonhadoras, meigas e com uma vergonha do tamanho do universo. Tenho meu melhor amigo desde os meus cinco anos de idade! O Junior*, e nossa! Ele me conhece direitinho, melhor que eu mesma as vezes... Pois é, tenho pouquíssimos amigos, mas estou feliz.
Eu queria parar de dramatizar a minha vida, ela não é aquele filme onde sou a garota ridícula que fica maravilhosa, bem-sucedida e feliz. Posso não ficar assim, mas sei que não sou ridícula! Sei lá, eu só quero, assim na realidade mesmo, ter alguém pra amar. Quero amar. Quero ser amada. Sem expectativas, sem porquês, sem interesses. Só quero amar.
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