Apesar da sensação de alguém me observando, apesar do limite que tentam dar pros meus pensamentos, eu continuo fazendo o que preciso. Meu precisar as vezes é inconveniente, porque as vezes eu não preciso, mas quero, e esse meu querer torna-se precisar. Escutando música, desenhando, cantando, dançando... é assim que eu vou vendo esse meu lado que eu tanto gosto mas não mostro. Chegando a minha época favorita do ano, aonde tudo é tão lindo, tão claro, tão brilhante e mágico, eu sinto que o melhor de mim floresce. Sabe, parando pra analisar, nem tudo foi flores, mas todas as longas caminhadas renderam belas vistas. Sinto que amadureci, mas não só no sentido responsável, adulto, sério da palavra. Amadureci. Desabrochei pra vida. Sinto agora que as coisas serão diferente porque eu estou diferente, mas que eu tenho o controle. Sentirei tanta saudade das risadas, das palhaçadas, das amigas e das fotos. Apesar de não doer, pelo menos por enquanto, a nossa despedida, eu sinto que eu só melhorei. Sinto-me uma flor. Sinto-me uma rosa.
Que triste conclusão que eu cheguei. Isso é muito sério. Eu estou completamente cansada de mim mesma. Da mesma personalidade, do mesmo raciocínio, do mesmo emocional, dos mesmos conflitos internos, da mesma incapacidade de sentir qualquer coisa pelos outros e por mim. Sim, é bem contraditório eu me sentir cansada do meu emocional sendo que eu quase não sinto nada por mim mesma ou pelas outras pessoas. Mas é justamente isso que me irrita profundamente. Não penso em mudar o que eu sou, porque não seria mais eu. Eu queria é ser melhor, com algo a oferecer pro mundo. Ontem meu colega me disse algo sobre a aula de literatura: "Romance é um romance por toda a sua estrutura, não é somente um caso amoroso que é um romance". Por mais didático que tenha sido esse comentário, eu realmente senti algo dentro de mim quebrar. Eu achava que a única coisa boa que eu tinha era o meu amor incondicional pela leitura. Livros de variados gêneros, autores, tamanhos, escolas literária
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