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Por causa de você eu ri um pouco mais forte, chorei um pouco menos e sorri muito mais.
Não sei descrever exatamente quando mas a desconstrução me atingiu. E ela bate forte. Ela simplesmente arrebentou com meus muros fortemente construídos a fim de nunca mais deixar nada e nem ninguém (deixar de) ultrapassar.
Então, no meio disso tudo, ela veio.
Eu já não escrevo mais sob um transe apaixonado, aquele que te faz flutuar e a realidade muda o cheiro das cores e o sabor dos sons. Eu escrevo em um estado de espírito muito melhor. A verdade não dói, não machuca nem desaponta. 
O gosto da liberdade do meu coração é um sabor que eu não esperava sentir, afinal, eu sempre me achei uma desistente. 
A liberdade não tem mais cara de euforia e adrenalina, não é mais correr a 100 km/h em 3 segundos. É muito melhor. É saber que a estrada não tem fim. Saber que a melhor construção de ti mesmo só vai ficando cada vez mais refinada, sofisticada e harmonizada. É descobrir que calma e apatia são diferentes. É saber o que é realmente estar em paz.

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